A trajetória do Instituto Positivo (IP) nesses dez anos de existência contou com uma mudança de estratégia e passou por um caminho de desafios e conquistas desde que assumiu a missão de incentivar os municípios brasileiros a trabalharem em Regime de Colaboração.

O apoio e as relações estreitadas com outras iniciativas que também assumiram esse propósito foi fundamental para os progressos alcançados nas instâncias maiores. Por outro lado, essas conexões com outras organizações só foram possíveis graças ao bom trabalho desenvolvido pelo IP.

Você já sabe onde e como tudo começou, agora é hora de saber como o Instituto Positivo chegou até aqui. Boa leitura!

 

Um desafio para AMAr

Assim que o trabalho com os Arranjos de Desenvolvimento da Educação (ADEs) estava se consolidando, o Grupo Positivo decidiu fazer mais um investimento social: assumir a gestão da Associação Maria Amélia, fundada em 2010 por um dos sócios do Grupo. Essa é uma organização sem fins lucrativos, localizada ao lado do campus Ecoville da Universidade Positivo (UP) e atende, gratuitamente e em período integral, cerca de 100 crianças em situação de vulnerabilidade social, moradoras do bairro Jardim Gabineto.

Em 2018, então, o Centro de Educação Infantil (CEI) Maria Amélia passou a ser administrado conjuntamente pelo Colégio Positivo e pelo Instituto Positivo, além de contar com o importante apoio das demais unidades do Grupo Positivo para soluções didáticas e tecnologias educacionais.

 

 

Com isso, o Instituto Positivo passa a ter três frentes de atuação:

Local: na gestão administrativa do CEI Maria Amélia (AMA).

Regional: com o apoio técnico aos Arranjos de Desenvolvimento da Educação (ADEs) implantados com o suporte do IP;

Nacional: no desenvolvimento de estudos e pesquisas, e na disseminação de conteúdos relevantes sobre o tema para todo o país, além do trabalho de articulação desenvolvido com todos os ADEs do Brasil e do advocacy, contribuindo nos âmbitos Executivo e Legislativo para fortalecer as políticas públicas de Educação e ampliar ainda mais a legitimidade dos Arranjos.

 

Chega a pandemia

Em 2020, assim que foi declarada a pandemia e as medidas de isolamento social, o Instituto Positivo se manteve alerta e ativou suas redes de relacionamento para avaliar como poderia desenvolver ações colaborativas e potencializar recursos em favor do enfrentamento das dificuldades provenientes dessa crise que se instalou pelo mundo.

Dessa forma, provisoriamente o Instituto Positivo passou a atuar em uma nova frente – a emergencial. Nasceu, da união das promotorias de Justiça do Ministério Público, Ministério Público do Trabalho do Paraná, que firmaram um convênio com a UFPR e a Funpar, a campanha “O Amor Contagia”, que teve como objetivo a criação de um canal confiável para captar e destinar recursos aos hospitais que estavam atendendo a população no enfrentamento da Covid-19. Logo em seguida, outras organizações se uniram ao grupo, inclusive o Instituto Positivo.

Além disso, a campanha também apoiou organizações da sociedade civil, como casas lares e asilos, que sofriam forte impacto com a baixa arrecadação de doações, inviabilizando parcialmente ou integralmente o atendimento prestado. Esta iniciativa acabou por se configurar como a maior campanha de mobilização e arrecadação de recursos no estado do Paraná.

 

Um segundo livro publicado

Em paralelo às demandas emergenciais, o IP continuava dedicado à disseminação de conhecimento sobre os Arranjos, uma vez que a gestão da Educação também precisava de apoio no contexto da pandemia. Em 2020, nasceu mais um fruto dessa dedicação – o livro Arranjos de Desenvolvimento da Educação: caminhos para implantação e gestão.

Ele surge como um material prático, objetivo e de fácil consulta, que foi desenvolvido a partir do crescente interesse e demanda de gestores públicos municipais por conhecer e compreender melhor o funcionamento de um ADE. A publicação pretende oferecer, em especial aos dirigentes municipais de Educação e às equipes técnicas de Educação dos municípios, os direcionamentos necessários para a implantação e a gestão de um Arranjo.

 

De olho nas atualizações

Ainda em 2020, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) passou por algumas mudanças devido a uma alteração da Constituição. Além de ter se tornado permanente, o novo Fundeb passou a ter maior participação dos recursos da União. Com as mudanças, muitos gestores da Educação encontraram dúvidas nos mais diversos assuntos que envolvem o financiamento educacional dos municípios.

Percebendo a necessidade de esclarecer as questões, o Instituto Positivo organizou uma palestra formativa sobre o Novo Fundeb com a participação do Carlos Sanches, especialista no tema, e convidou toda a rede de Arranjos do Brasil. Na ocasião, os participantes puderam fazer questionamentos e a partir deles o IP identificou os pontos que geram mais dúvidas e produziu, com base nesse encontro, um e-book de apoio que traz conceitos, esclarecimentos e reflexões sobre o novo Fundeb.

 

Nasce um novo projeto

Com a consolidação do ADE Granfpolis, o Instituto Positivo iniciou o movimento de retirada, passando o bastão da articulação das atividades agora exclusivamente para os líderes do Arranjo. Desde o início, os trabalhos neste ADE foram desenvolvidos de forma a tornar a iniciativa sustentável, ou seja, que o grupo pudesse permanecer fortalecido mesmo sem o apoio do IP, e o objetivo foi alcançado.

O fluxo de atividades do Instituto Positivo no ADE Granfpolis foi diminuindo, então era hora de atuar em outra iniciativa. Buscando contribuir com a Educação no Paraná, estado em que nasceu o Grupo Positivo, o IP iniciou em 2021 um processo de seleção bastante criterioso com objetivo de escolher um território para prestar apoio na implantação do primeiro Arranjo do estado.

 

Ano de comemoração

Em 2022 o Instituto Positivo completa dez anos e, para marcar essa primeira década de atuação, deu início a implantação do ADE Litoral Paranaense, iniciativa formada por sete municípios: Antonina, Guaraqueçaba, Guaratuba, Matinhos, Morretes, Paranaguá e Pontal do Paraná.

 

O trabalho do IP no litoral do estado vai permanecer por pelo menos três anos, podendo ser prorrogado. O Arranjo produziu um diagnóstico da Educação no território e após a análise desse material, definiu como tema de trabalho a aprendizagem de Língua Portuguesa e Matemática.

Como primeira ação do ADE Litoral Paranaense, foi lançada uma pesquisa – Vozes do Litoral – com os professores e coordenadores pedagógicos das redes municipais que atuam na Educação Infantil e Fundamental I, para entender os desafios que esses profissionais enfrentam diariamente. O Arranjo vai usar o resultado dessa ação para propor medidas e projetos que ajudem esses profissionais.

 

Assim, apoiando a Educação pública brasileira, o Instituto Positivo comemora sua primeira década de atuação.

 

O primeiro blog post da série está disponível aqui.

O segundo blog post da série está disponível aqui.

 

Instituto Positivo

Acreditamos no potencial da colaboração para vencer os desafios da Educação.