A flexibilidade do Arranjo de Desenvolvimento da Educação (ADE) permite que ele seja implantado em territórios de diversos tamanhos ou realidades socioeconômicas, configurando-se como um caminho promissor para a melhoria da qualidade do ensino ofertado pelos municípios brasileiros, que concentram mais de 80% das matrículas da Educação básica.

Arranjos bem consolidados conseguiram instituir a cultura de colaboração regional, por meio da qual os profissionais mantêm diálogos e ações constantes e contínuas, que contribuem para uma visão mais ampliada daquilo que deve ser considerado prioritário, considerando tanto os objetivos e as metas dos Planos Municipais de Educação e as políticas nacionais, quanto as potencialidades e as fragilidades das redes de ensino da região.

Ao atuar de forma colaborativa, com dados organizados, objetivos e metas claras, as secretarias e diretorias de Educação passam a ter maior capacidade de gerar influência, defesa e argumentação em favor de uma causa, de algum apoio ou ainda para influir na formulação e implementação de políticas públicas que atendam às necessidades do território.

Assim, implantar um Arranjo de Desenvolvimento da Educação pode ser um caminho para os dirigentes municipais e suas equipes vencerem alguns dos obstáculos que enfrentam na Educação nas redes de ensino. Mas, na prática, como funciona essa implantação?

Iniciando a mobilização

O primeiro passo quando se deseja implantar um Arranjo é reunir um grupo de pessoas e compartilhar os conceitos que permeiam o ADE e ver se essas temáticas fazem sentido para este território. Na sequência, o grupo deve avaliar a possibilidade de mobilizar mais municípios próximos que podem também se beneficiar com o trabalho colaborativo, para juntos avaliarem a possibilidade de implantação de um Arranjo.

Com um grupo formado, é hora de dividir algumas tarefas para entender melhor o contexto em que o território se encontra, como por exemplo: buscar mais informações, conversar sobre a realidade local, entender a legislação, buscar o contato dos profissionais que lideram os Arranjos já existentes, entre outras.

É importante lembrar que a cooperação e troca de experiências é a base do trabalho em Arranjo. Avalie se a região está preparada e se possui condições de desenvolver ações de modo colaborativo. É preciso que haja um mínimo de confiança entre os membros, ou então, condições prévias que permitam estabelecer e fortalecer essa confiança.

Conheça as experiências dos ADEs

Por ser um mecanismo novo e ainda pouco disseminado, pode ser que algumas pessoas da sua região não conheçam os Arranjos de Desenvolvimento da Educação. Assim, para maior domínio, o ideal é que seja formado um pequeno grupo de estudos e aprofundamento sobre o tema, a fim de se apropriar dos conceitos, dos modelos de organização e liderança e para conhecer os resultados já alcançados pelos Arranjos já implementados.

Além da visita presencial, outra forma de conhecer essas iniciativas é praticando a leitura da série de e-books produzida pelo Instituto Positivo que conta a história de implantação, desenvolvimento e planos futuros dos ADEs consolidados no Brasil. Faça o download das publicações gratuitamente clicando aqui.

Instituto Positivo

Acreditamos no potencial da colaboração para vencer os desafios da Educação.