Enfrentar desafios é uma constante na vida dos gestores públicos, especialmente quando se trata da complexa tarefa de gerir a Educação municipal no Brasil. A falta de recursos adequados agrava ainda mais a situação, pois os municípios, muitas vezes, são os entes federados com menor orçamento disponível, embora sejam responsáveis por um grande contingente de estudantes. 

Os obstáculos que permeiam a área educacional demandam estratégias e ações eficazes que envolvam todos os profissionais da comunidade escolar. Neste contexto desafiador, as Secretarias Municipais de Educação desempenham um papel crucial na busca por soluções que impactem positivamente a aprendizagem e o desenvolvimento dos estudantes. 

Entre essas complexas questões que a gestão da Educação pública municipal enfrenta, estão a garantia de uma aprendizagem adequada, a redução da distorção idade-série e a prevenção da evasão escolar. O cenário torna-se ainda mais complexo quando o novo Fundeb, de 2020, atrela parte dos recursos à aprendizagem e à equidade social e racial (clique aqui para saber mais). 

Há ainda que se somar na equação as grandes disparidades socioeconômicas e peculiaridades de cada um dos mais de 5 mil municípios espalhados em um país de dimensões continentais. As demandas são diversas, e os gestores precisam lidar com a escassez de recursos, infraestrutura precária, formação de professores, além de questões sociais que impactam diretamente o processo educacional. 

 

Colaboração como estratégia de superação 

Diante desse panorama desafiador, algumas secretarias de Educação encontraram na colaboração intermunicipal um meio de se apoiarem, discutirem e atuarem coletivamente nas questões relacionadas à Educação. Essa atuação colaborativa acontece por meio do Arranjo de Desenvolvimento da Educação (ADE), um mecanismo eficaz para superar os obstáculos na gestão educacional municipal. 

A atuação por meio de um Arranjo promove a colaboração entre municípios visando aprimorar a qualidade da Educação. Essa atuação colaborativa propicia o desenvolvimento de ações e projetos conjuntos permitindo que desafios comuns ao território sejam enfrentados de forma cooperativa. Como exemplo, territórios sujeitos a mudanças sazonais na população podem elaborar conjuntamente o calendário escolar, evitando prejuízos aos estudantes que precisam mudar de município durante o ano letivo. 

Além disso, a atuação cooperativa fortalece os gestores municipais de Educação, proporcionando a troca de melhores práticas e experiências sobre os desafios da gestão cotidiana. Muitos dirigentes municipais na área educacional têm formação específica, e, ocasionalmente, sentem-se inseguros diante da burocracia da gestão pública. Ao compartilhar experiências com seus pares, esses gestores saem fortalecidos, contribuindo para uma gestão mais eficiente e colaborativa.   

Para conhecer melhor alguns Arranjos e entender quais projetos eles desenvolveram em colaboração, convidamos você a conhecer a série de e-books produzida pelo Instituto Positivo que conta a história de cada um dos 13 ADEs consolidados até 2021: ADE Chapada Diamantina e regiões, ADE Noroeste Paulista, ADE dos Guarás, ADE Agreste Litoral Norte, ADE Granfpolis, ADE GE5, ADE CoGemfri, ADE Norte Gaúcho, ADE do Alto Turi, ADE Território dos Balaios, ADE GE4, ADE Serra Catarinense  e ADERA – Região dos Açaizais.

Instituto Positivo

Acreditamos no potencial da colaboração para vencer os desafios da Educação.